20 de abril de 2007

Ocorre-me por vezes...




que devia haver uma faixa na auto-estrada para situações realmente urgentes. Uma espécie de fila expresso, como aquelas que há no MacDonald's, em que há cinco empregados para cada cliente: um anota o pedido, o outro regista na caixa, outro vai buscar o hamburguer e as batatas, outro enche o copo com a bebida pedida e um quinto dá o troco e o sorriso da praxe.


Na auto-estrada devia ser assim. Por exemplo, hoje, a caminho da Estação do Oriente para apanhar o inter-cidades para Faro, e depois de sair de casa atrasada vinte minutos, ter que voltar atrás para ir buscar o telemóvel esquecido, devia haver logo um empregado à entrada da faixa da auto-estrada. A função desse primeiro empregado deveria ser a de ler o meu pensamento para saber anotar qual o meu destino. Perguntam-me vocês e com razão? Porquê ler o pensamento? Pois bem, porque de manhã eu não gosto de falar com ninguém, tal é o bom humor e porque, devido ao carácter emergente da situação, parar para se falar era uma perda de tempo.


Anotado o pedido de destino, um outro empregado (mais à frente, já se está a ver!) comunicava para toda a via, para que os outros automobilistas se desviassem e para que as filas de trânsito se compactassem nas restantes vias.


O terceiro empregado estaria situado já quase ao pé do destino. Cabia-lhe a tarefa de assegurar que a intenção manifestada junto do seu primeiro colega se cumpriria. No meu caso específico (e apesar do atraso...) que eu chegaria a apanhar o dito comboio. Para isso efectuaria todas as deligências específicas: reservava-me um bilhete de urgência e pedia à CP que não partisse antes da minha chegada.


O quarto empregado estacionar-me-ia o carro, de preferência sem correr o risco de apanhar uma multa de 30 euros e fazia parar o trânsito de forma a que eu pudesse atravessar a estrada à vontade e não caisse estatelada no chão e sujasse as calças do tailleur.



O quinto empregado era para situações imprevistas. Voltando ao exemplo, poderia estar junto às portas do comboio a bloquear o fecho automático para que as mesmas não tivessem qualquer possibilidade de se fecharem antes do meu embarque.


Esta é, realmente, uma ideia tranversal e aplicável a várias actividades do nosso dia-a-dia, não apenas às auto-estradas. Pena que o exemplo desta MacDonald's visionária não seja, amplamente, difundido e divulgado.


Estou certa que melhoria a qualidade dos serviços, baixaria o índice de desemprego e aumentaria a qualidade de vida dos portugueses.


Aqui está a ideia. Apliquem-na. Não cobro direitos de autor.

2 comentários:

R. disse...

E contratar um motorista? Não? Se calhar até poderia ter, sempre disponível para sua urgente e importante pessoa, uma generosa dose de amendoins. Que, como todo a gente sabe, dá origem a sobejamente conhecidas piadolas!

E pelo que percebi, logo pela manhã, ia cair-te que nem gingas... ;)

Bom fim-de-semana :)

R. disse...

Olha que fixe!!! Sou um satélite!

*bip* *bip* *bip* *bip*...hum... definitivamente, preciso de café!